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quarta-feira, 29 de julho de 2020

Dislexia

    É um termo específico do transtorno de leitura.
    Muitas crianças de escolas públicas (15%), recebem instruções específicas para problemas de leitura e metade destes tem inabilidades persistentes de leitura. Os meninos são mais afetados do que as meninas. As crianças afetadas podem ter dificuldades de determinar a raiz das palavras e, na palavra, determinar a sequência das letras.
    A dislexia pode se manifestar como:
    - Atraso na aquisição da palavra;
    - Dificuldade na articulação das palavras;
    - Problemas com análise de sons (dislexia fonológica);
    - Problemas com o reconhecimento visual e estrutural das palavras;
    - Problemas com compreensão de expressões escritas ou grafia (disgrafia);
    - Problemas com matemática e dificuldades para solucionar questões simples (discalculia);
    - Dificuldades na formação de conceitos básicos e inabilidade para adquirir aptidões de computação (anaritmia);
    - Dificuldades para recordar palavras e solicitar informações da memória (afasia anômica, disnomia);
    - Dificuldade de lembrar os nomes das letras, números e cores;
    - Dificuldades em lidar com a palavra, mesmo tendo habilidades normais com a matemática.
    As crianças com problemas fonológicos, têm dificuldades de diferenciar os sons e o ritmo das palavras. São comuns as dificuldades da memória auditiva recente. Algumas crianças com dislexia confundem letras e palavras com configurações semelhantes ou têm dificuldade de selecionar ou identificar visualmente, grupos ou padrões de letras (associação som-símbolo), isso as leva a confundir os nomes das letras e de palavras com estrutura semelhante ( d torna-se b, m torna-se w, h torna-se n, foi torna-se viu, aceso torna-se não) essas confusões são normais em crianças com menos de 8 anos de idade, mas não com todas.
    Dislexia é um problema para a vida toda, mas algumas crianças, com acompanhamento adequado, desenvolvem aptidões de leitura funcional, outras nunca alcançam a alfabetização adequada. 
    O tratamento da dislexia consiste em intervenções educacionais, instruções direta de fonéticas específicas, que podem ajudar na leitura da palavra, instruções que ensinem à criança a combinar os sons para formar a palavra e identificar as posições dos sons nas palavras.
    A psicopedagoga ou a pedagoga da escola, saberá utilizar outras técnicas adequadas, e são muitas. O importante é que se faça essa intervenção ainda na fase de alfabetização.    
    A dislexia provavelmente está ligada a uma má formação congênita que afeta áreas do hemisfério esquerdo do cérebro responsáveis pela associação da linguagem, produção de sons e da fala.
    No diagnóstico devem ser descartados problemas auditivos, visuais, psicológicos e cognitivos.
    Os meninos disléxicos são muitas vezes alvos de bullying dos colegas e até dos professores que às vezes não aprenderam a lidar adequadamente com o problema. Torna-se necessário que os pais estejam orientados para ajudarem seus filhos com esse problema na idade certa.
    Há muitos cientistas e doutores disléxicos. Há disléxicos em todas as profissões, mas não sem uma boa orientação na fase de alfabetização e um trabalho conjunto de professores, pedagogos, psicólogos e familiares.
    Próximo tema: autolesão não suicida (ALNS).
Professora Josefa Libório: psicanalista e hipnoterapeuta.

     

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