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segunda-feira, 27 de julho de 2020

Transtorno do espectro autista

    Transtorno do espectro autista é um distúrbio do desenvolvimento neural do feto. Na maioria das crianças a causa é desconhecida, alguns casos são genéticos. 
    Desde a mais tenra infância esse transtorno já pode ser detectado por pediatras e neuropediatras, já que se trata de distúrbios do neurodesenvolvimento, o neuropediatra entra com sua contribuição para o diagnóstico. Os pais, no entanto, devem começar a avaliação por meio de um pediatra que fará os encaminhamentos. Autismo não não tem cura por se tratar de uma condição neurológica, mas tem tratamento com acompanhamento psicológico, psicopedagógico e em casos mais acentuados, a criança, ou já adulto, necessitará também de medicamentos. Isso por conta de algumas comorbidades.
    Então distúrbios do neurodesenvolvimento caracterizam distúrbios de atenção, memória, linguagem, solução de problemas e interação social.
    O tratamento comporta terapia comportamental, fonoterapia, terapia ocupacional e medicamentos, quando for necessário.
    A fonoterapia deve começar o mais cedo possível para que a criança possa se comunicar através dos sons e/ou da fala, pois não conseguir dizer o que quer ou o que está sentindo, causa momentos de tensão tanto para os pais como para a criança. Quem tem uma criança autista em casa precisa de orientação profissional para aprender a lidar com ela sem se estressar e nem causar estresse na criança. Os pais terão que colaborar com a escola e se dedicar o máximo a ajudar no desenvolvimento dessa criança. Desde cedo, os pais de baixa renda podem buscar o diagnóstico e recorrer ao auxilio do governo para custear, ou pelo menos ajudar nas despesas da criança. Na internet existem grupos de mães e pais de autistas, é bom fazer parte de pelo menos um desses grupos para troca de experiências.
    Os sintomas mais comuns são:
    - Déficits persistentes na comunicação e interações sociais.
    - Padrões restritos de comportamentos, interesse e/ou atividades.
    - Em casos mais acentuados, comportamentos repetitivos de movimentos físicos, são os padrões de repetição de movimentos.
    - Incapacidade de interagir socialmente, ficando ausente ao que se passa à sua volta.
    - Isolamento social.
    A primeira atenção dos pais deve se voltar para o comportamento da criança quando ela tem atraso no desenvolvimento da linguagem e não aponta coisas de seu interesse que estão distantes dela. A criança, já como um ano não é capaz de apontar um objeto de seu interesse e indica esse objeto apenas pelo toque físico ou usa a mão do adulto como ferramenta para essa indicação. Esse comportamento da criança deve ser motivo de busca de ajuda por parte dos pais, mas não são causa de diagnóstico, uma vez que só um profissional habilitado pode diagnosticar.
    Numa fase da criança mais velha, se os pais ainda não buscaram ajuda para o diagnóstico e tratamento nos primeiros sintomas, eles devem observar falas e movimentos repetitivos, alinhamento de brinquedos, rotinas fixas, rituais, interesses fixos em determinados objetos e auto-agressão.
    Quando a pessoa com transtorno autista se torna adulta, se o transtorno for leve e não tenha recebido tratamento na infância, o adulto pode apresentar aversão extrema a cheiros, aromas, à algumas texturas e demonstrar indiferença aparente à dor. 
    Espectro autista porque tem variações de leve a moderado, a grave e a muito grave. 
    Se você conhece alguma criança que se enquadre em qualquer uma dessas descrições, e que não esteja sendo tratada adequadamente, oriente os pais a buscar ajuda profissional.
    O bem muitas vezes é praticado por meio de apenas poucas palavras.

    Próximo tema: Transtornos de aprendizagem.
    Professora Josefa Libório: Psicanalista e hipnoterapeuta

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