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sábado, 29 de agosto de 2020
Sonhos: algumas funções
quinta-feira, 27 de agosto de 2020
Pandemia e restauração do sujeito
terça-feira, 25 de agosto de 2020
Quarentena e ansiedade infantil
A quebra da rotina traz vazios e inseguranças na vida das crianças e dos adultos também, mas aqui vamos refletir sobre quarentena e as crianças em idade escolar.
Pense como era a vida antes da quarentena; de manhã, levantar, se banhar, tomar café da manhã e ir para a escola. À tarde fazer tarefas e brincar. Se não há mais a ida à escola, as outras atividades podem mudar, como efeito queda dominó. Ficou o levantar e café sem horário, talvez a ausência do se banhar, etc, isso é só um exemplo de quebra de rotina pela manhã, se a criança estuda de manhã, mas se estuda à tarde, também houve a quebra de rotina. Quando vamos para a família, percebemos que a quebra de rotina se dá na família inteira. Então é necessário que toda a família reorganize sua rotina. Essa reorganização restaurará a concentração e a calma da criança que precisa se levantar e saber quais são suas tarefas para aquele dia. Lembrar que o brincar estará incluso. A falta de rotina deixa as crianças mais inseguras, confusas, desorientadas, menos concentradas, cansadas, agressivas, ansiosas e inquietas, sempre procurando o que fazer, trocando constantemente de atividades e passando muito tempo na internet.
Então as tarefas da família para a quarentena são: reorganização da rotina, com horários fixos para a realização das atividades, diversificar as tarefas das crianças, favorecer os trabalhos manuais, jogos de tabuleiro, quebra-cabeças, atividades físicas, danças, bola ao cesto, leitura, pintura, culinária. (preparar refeições junto com as crianças). Colocar as crianças para conversar, via vídeo com familiares e amiguinhos. Participar das brincadeiras e tirar as crianças da telinha, oferecendo outras alternativas. Lembrar sempre que para tudo deve ter horário
Os pais, principalmente a mãe, precisam também seguir rotina. Não adianta a mãe organizar a vida das crianças e continuar com a vida dela própria desorganizada. Isso provavelmente vai influenciar na organização da criança. A saúde da família deve ser a primeira preocupação dos pais, tendo isso garantido tudo ficará mais fácil de resolver.
sábado, 22 de agosto de 2020
O bebê é um artista
O bebê, nos relatos de Winnicott, descobre o mundo em primeiro lugar criando, ele nasce um artista, é preciso que ele tenha suporte necessário para desenvolver sua criatividade. A psicanálise não pode tratar um bebê como um pequeno adulto, mesmo sabendo que no no início do desenvolvimento da psicanálise era assim. Na época em que Freud iniciou suas reflexões psicanalíticas estávamos no tempo de virada do século XIX, onde deixaríamos de perceber uma criança como um pequeno adulto. Abro um parêntese para frisar que ainda existem muitas mães que vestem suas crianças com roupas adultas em miniaturas. A psicanálise evoluiu, como evoluíram tantas outras coisas, e nela o bebê e a criança tomam seu lugar. É uma perda muito grande para a humanidade quando os pais, principalmente a mãe, não estimula ou até poda a criatividade da criança. Nesse ponto discordo de Freud de que o desenvolvimento humano se dá com a desilusão, onde crescer seria um processo de luto. Crescer é um processo onde haja um diálogo saudável e os limites sejam demarcados na linha da segurança e do amor dentro da boa convivência familiar. O que o bebê precisa para crescer emocionalmente saudável é estar inserido numa família harmônica que o trate como ser humano independente emocionalmente e criativo onde possa desenvolver seu ego tornando-se pessoa. Então, nessa perspectiva o desenvolvimento humano saudável não se da pelo conflito mas pela harmonia.
A desilusão do bebê há de acontecer mas de forma natural, quando ele perceber que a mãe é um ser independente e que não pertence a ele. Nessa percepção é que ele deve crescer, negociando com a mãe para dominá-la e ao mesmo tempo sabendo dessa impossibilidade. Sentindo-se, naturalmente desapontado pela mãe.
Quando essa vivência se dá, presume-se que a criança já passou pela fase em que viveu intrinsecamente ligada à mãe. Naturalmente essa fase da frustração já se inicia com a negação do peito e se confirma com o desmame, onde deverá acontecer o início do processo de individualização pessoal. As frustrações virão para o bebê como virão para todos, não é necessário que a mãe e o pai o fruste de propósito ou, sem propósito. É difícil contribuir para a formação saudável do ser humano, pois nós todos não somos tão saudáveis assim.
quinta-feira, 20 de agosto de 2020
Transtorno de somatização
quarta-feira, 19 de agosto de 2020
Medo de quê?
segunda-feira, 17 de agosto de 2020
Transtorno de tique e síndrome de Tourette
Tiques são movimentos musculares involuntários, súbitos, rápidos, repetitivos, mas não rítmicos, incluindo sons ou vocalizações. Para o tique ser considerado síndrome de Tourette a pessoa precisa ter os tiques vocais e motores por mais de um ano. A síndrome de Tourette ocorre em 3 homens para cada mulher.
Os tiques começam depois dos 4 anos de idade e se agravam por volta dos 10 a 12 anos. Durante a adolescência eles ficam mais brandos e tendem a desaparecer espontaneamente. Apenas alguns adolescentes levam os tiques para a vida adulta, aí eles persistem por toda a vida da pessoa. Os tiques podem ser de herança genética. Há famílias que manifestam um mesmo padrão de tiques.
É preciso levar a criança que apresente tiques a um psicólogo, pois junto com o tique a criança pode ter outros transtornos como déficit de atenção/hiperatividade, TOC e ansiedade. o TDAH é a comorbidade mais comum em quem tem o tique. Os tiques tendem a variar em termos de tipo, intensividade e frequência. Geralmente os tiques não ocorrem durante o sono.
O tique pode se tornar um motivo para bullying na escola, por isso é preciso que os pais alertem os professores e os funcionários da escola sobre as condições de saúde de seus filhos.
O tratamento é psicológico e se o tique for muito severo a indicação é psiquiátrica. O tratamento pode ser psicoterápico, psiquiátrico ou os dois combinados.
sábado, 15 de agosto de 2020
O seu bebê
Essa postagem é uma continuação da postagem "Como foi a sua gravidez?" O objetivo é seguir a formação de uma vida emocionalmente saudável e o papel que a mãe tem nessa construção.
Os primeiros dias de vida do bebê são cruciais para o início de uma relação saudável entre mãe e filho, filho de forma genérica, pode ser também filha. No início o bebê é um desconhecido e a mãe começa a estudar as suas reações para compreendê-lo. Ela deve considerar que o bebê é totalmente dependente de cuidados e cuidar dele nos primeiros meses deve ser uma tarefa da mãe para que o conhecimento entre mãe e filho vá sendo mútuo. Quando a mãe terceiriza os cuidados do bebê, enfraquece o vínculo mãe/filho, quebra um pouco a referência de bondade e cuidado que o bebê, mesmo inconsciente, tem dela. Essa relação saudável, mãe/filho é muito importante para o desenvolvimento emocional saudável do bebê.
Voltemos à amamentação. O ato de amamentar não se resume apenas em satisfazer as necessidades fisiológicas do bebê. Amamentar se torna na hora mais importante da relação mãe/filho, depois vem o trocar e limpar e em seguida o brincar e o banho. Todas essas tarefas, feitas com entrega total da mãe, contribuem muito para a formação saudável das emoções do bebê. Na amentação ele vai, aos poucos, reconhecendo a mãe como outro ser, diferente dele. Nota-se que o bebê saudável, encara o rosto da mamãe enquanto mama. Se esse encaramento não acontecer é um motivo de investigação do autismo, por exemplo.
Vou abrir um parêntese para a fisiologia. Quando a mãe for amamentar deve oferecer um seio até esvaziá-lo por completo. O primeiro leite que sai é rico em anticorpos que servem para a defesa do bebê contra doenças. Depois sairá um leite rico em gorduras, ambos são nutritivos, mas a saciedade é adquirida na totalidade do leite de cada seio. O trocar de seio antes do esvaziamento faz com que o bebê chore com fome pouco tempo depois de amamentado. Lembrar que o leite gordo sai do peito por último. A cada mamada começar por um peito diferente. Se começou com o esquerdo na mamada anterior, na próxima começar pelo direito. Se o bebê ficar satisfeito com um peito e o outro não ficar muito cheio, é bom para preservar o bico do seio, mas se estiver cheio demais a mãe poderá tirar o leite, com uma desmamadeira. Se houver banco de leite por perto, fazer a doação.
Na hora da amentação é preciso que a mãe se entregue de corpo de alma a essa tarefa. A impaciência e a pressa pode fazer com que o bebê rejeite o peito. Essa relação mãe e filho é uma continuação da relação mãe/filho dos nove meses de gestação.
Vou contar um resumo de uma experiência. Uma vez fiz regressão em uma jovem e ao chegar aos dois meses de gestação ela ficava totalmente desesperada, isso acontecia também aos dois meses depois do nascimento. Fiquei logo sem compreender, depois foi verificado que a mãe tentou abortá-la com medicamentos e teve sangramentos aos dois meses de gestação, não conseguindo. Quando a menina nasceu ela a abandonava sozinha para ir às baladas, mesmo assim a menina não se desesperava, mas aos dois meses de idade a mãe doou a menina para uma família criar e aí era o desespero da menina, se separar da mãe. Então a relação mãe e filho é muito forte dos dois lados.
sexta-feira, 14 de agosto de 2020
Depressão
Muitas pessoas têm feito pesquisa na internet sobre depressão nesse tempo da epidemia de covid 19. Depressão é um termo genérico, porque há vários tipos de transtornos depressivos, não que não importe a depressão menor, advinda da tristeza de perder familiares ou amigos para a epidemia. O confortante é que essa depressão tende a dar lugar para a saudade. À medida que o tempo passa as lembranças boas das pessoas que se foram se tornam em remédios para a nossa tristeza.
Estudiosos sintetizaram as diferentes formas de depressão em dois tipos: depressão maior e depressão menor. A depressão maior se caracteriza por períodos longos de tristeza, são meses e anos de sintomas ininterruptos de tristeza profunda, diminuição ou ausência de prazer em qualquer tipo de atividade. Ela é causada por defeitos nas sinapses nervosas cerebrais, essa carece de tratamento para a vida toda. A depressão menor e sazonal, causada por acontecimentos traumáticos, morte, doença de familiares ou por consequência de estações frias com ausência de sol, deve ser tratada também, pois só um médico para diagnosticar os diferentes tipos de depressão, levando em conta também que há sintomas motivados por doenças físicas, como hipotireoidismo, doença de Parkinson, desnutrição que simulam depressão, esses geralmente atacam mais pessoas idosas.
Os familiares precisam prestar atenção nos seguintes sintomas que deverão estar presentes ao menos durante quinze dias, variando de dia para dia, para poder desconfiar de algum transtorno depressivo. Os sintomas apresentados devem aparecer agregados ao sintoma principal que é a tristeza profunda e a perda de interesse ou prazer que será contínua.
Os sintomas variáveis são: Humor deprimido durante a maior parte do dia. Falta de coragem para realizar qualquer atividade. Apatia. Excesso ou falta de apetite. Insônia ou dormir demais. Sentimentos de inutilidade. Falta de concentração. Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio, tentativa de suicídio ou um plano específico para cometer suicídio.
O tratamento da depressão maior é psiquiátrico, mas pode ser complementado com psicoterapia. Para os outros tipos de transtornos depressivos, o tratamento pode ser apenas psicoterápico, dependendo do grau de depressão em que se encontre o paciente. É importante que o paciente não fique mudando de médico, pois os efeitos dos medicamentos podem levar até um mês para serem percebidos. Também há a questão do ajuste das dosagens que o médico poderá revisar durante as consultas.
Há pessoas que precisarão de internações hospitalares para o início do tratamento, como também em surtos que acontecem durante toda a vida na depressão maior. Ao menor sinal de depressão o médico psiquiatra ou um clínico devem ser consultados.
Depressão não é frescura, nem falta de Deus ou de fé em Deus, é doença e como tal deve ser tratada. Ainda há muitas crenças religiosas, muitas vezes alimentadas por mercenários da palavra, que tratam depressão como problemas espirituais. Cuidado com essas abordagens, pois o tempo é precioso quando se trata da saúde. Um descuido e poderá ser tarde demais.
quinta-feira, 13 de agosto de 2020
Como foi sua gravidez?
Muitos psicanalistas perguntam aos seus clientes na primeira entrevista como foi a gravidez deles. O que o psicanalista quer saber é se o indivíduo tem conhecimento de episódios que ocorreram com sua mãe quando ela estava grávida dele. Isso é importante pois a vida começa na concepção. Quanto mais dados o psicanalista tiver sobre seu cliente mais ele vai poder ajudá-lo. Então nesta postagem vou abordar uma gravidez e um bebê. Vamos pensar numa regressão hipnótica. Quando levamos o adulto ao útero de sua mãe ele revela muitos aspectos de como foi sua vivência por lá. Tá certo, ele não fala mas expressa alegria, dor, tristeza, apatia, inquietação. O hipnoterapeuta pergunta-lhe: "O que está acontecendo aí?" e o indivíduo pode responder; nada, tá tudo escuro, mas sua face e seus gestos revelam sentimentos. Por isso pensei em escrever sobre a gravidez.
A gravidez traz mudanças no corpo e também nas emoções. A mulher pode ficar grávida muitas vezes, mas cada gravidez é única. Assim em uma gravidez ela pode ficar feliz, radiante, cheia de expectativas e de sonhos; em outra esses sentimentos podem mudar. Tanto a realidade interna da mulher como a realidade externa mudam de uma gravidez para outra. Por isso seria ideal que houvesse o apoio incondicional do pai do bebê. Mas independente do pai ser presente ou não o apoio de membros da família faz toda diferença na vida da mãe e do bebê. A mãe sabe que seu bebê é um ser humano diferente dela e diferente de todos. Mesmo no ventre ele já tem personalidade própria e ao nascer já passou por várias experiências, positivas e negativas. O nascimento é apenas mais uma experiência de tantas outras já vividas.
Quando a mãe é muito ativa durante a gravidez, carregando o bebê pra lá e pra cá, de ônibus, carro, moto, caminhando, levantando cedo e dormindo tarde; esse bebê, após o nascimento, sente falta desse movimento ao ser colocado por muito tempo no berço, longe da mãe. O choro de muitos bebês é um pedido para continuar sendo carregados, eles se acostumaram ao balanço do ventre materno. Assim muitos choram por colo. Há bebês que viveram com mãe calma na gravidez e tendem a serem tranquilos e sossegados. Se o bebê fica com a mãe desde o nascimento e é amamentado assim que é separado da placenta, ele tem uma experiência menos traumática do nascimento. O primeiro relacionar-se dessas duas pessoas independentes deve ser a mamada, mesmo que o bebê não distinga quem é ele e quem é sua mãe, a experiência fica gravada em seu subconsciente como muito positiva. Isso ajuda a minimizar a experiência negativa do nascer. Do ponto de vista da mãe, enquanto ela amamenta ela vai relaxando, se acalmando e soltando a placenta. Isso no parto natural.
O desenvolvimento emocional saudável do bebê depois do nascimento vai acontecendo de acordo com o ambiente no qual ele for inserido, se for um ambiente de paz, calma, compreensão, o bebê tende a se sentir seguro. Também se faz necessário a presença da mãe para dar-lhe confiança de que tudo continua bem. Se o bebê estiver alimentado, aconchegado, em lugar acolhedor e com a mãe por perto, a tendência é que ele fique longos tempos dormindo. Então como foi a sua gravidez? E seus primeiros dias? Amanhã vou escrever sobre isso.
sábado, 8 de agosto de 2020
Transtorno Obsessivo Compulsivo em crianças e adolescentes (TOC)
Em vinte e cinco por cento das pessoas que tem TOC, os sintomas começam antes dos 14 anos de idade.
O TOC se caracteriza por movimentos musculares súbitos, rápidos, repetitivos mas não rítmicos, incluindo sons e vocalizações. Esse transtorno acomete mais meninos. Muitas crianças têm TOC entre os 4 e 6 anos e muitas vezes eles tendem a desaparecer, mas mesmo assim é muito recomendado um acompanhamento psicológico. Se os sintomas persistirem por mais de um ano a criança pode ser diagnosticada com síndrome de Tourette que fica cada vez mais grave à medida que a idade vai aumentando. Por isso a necessidade de procurar ajuda psicológica aos primeiros sintomas.
O TOC comporta vários transtornos, como:
- Transtorno dismórfico corporal, acomete mais as mulheres e embora a intensidade dos sintomas possam variar, o transtorno é considerado crônico. A característica desse transtorno é a preocupação excessiva com os "defeitos" do próprio corpo. Defeitos que eles ou elas acham que têm. O espelho é usado constantemente ou às vezes rejeitado totalmente. Há pessoas que alternam o uso do espelho.
- Transtorno de acumulação, esse é caracterizado pela grande dificuldade de se desfazer de coisas, independente do valor real das mesmas. Esse transtorno aparece mais nas pessoas mais velhas, mas crianças e adolescentes também são acometidos. É o apego às coisas que não lhes servem mais. Piora com a idade.
- Tricotilomania, é a mania de puxar os cabelos até arrancá-los. Há adolescentes que comem a raiz de cada cabelo arrancado. Eles fazem isso permanentemente, mesmo estando em público, é um hábito mecânico. Na adolescência muitos lutam para vencer essa mania, mas só irão conseguir com ajuda psicológica. O sofrimento dessas pessoas é intensificado quando os pais e familiares, não tendo conhecimento do transtorno, aplicam castigos físicos e restrições sociais para que o indivíduo pare de arrancar os cabelos, como ele não consegue parar o sofrimento aumenta, porque entra o sentimento de ser rejeitado ou rejeitada pelas pessoas a quem mais ele ou ela ama.
-Transtorno de escoriação, é a mania de arranhar a própria pele, principalmente onde exista pequenas manchas, acnes e machucados. Essas pessoas fazem arranhões na pela automaticamente, isto é, sem plena consciência do que estão fazendo. A maioria dos acometidos são meninas.
O tratamento do TOC deve ser iniciado aos primeiros sintomas e inclui acompanhamento psiquiátrico, psicológico e/ou psicanalítico. O psiquiatra sempre deve ser consultado para a questão do diagnóstico. Como é um transtorno que pode ser muito similar a outros transtornos e disfunções mentais, só o psiquiatra está apto a diagnosticá-lo. É claro que o psicólogo também reconhece o TOC, mas ele mesmo deve encaminhar o paciente ao psiquiatra para uma confirmação diagnóstica e dai o psicólogo segue com o tratamento em mais segurança.
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
Comportamento disruptivo
Comportamento disruptivo em crianças é a mixagem de vários tipos de comportamentos presentes no agir da criança, que coloca os pais e familiares em atitudes de confusão, porque não conseguem entender a criança. O comportamento disruptivo, conhecido também como transtorno de conduta, em crianças, já que essa série de temas do novo início desse blog é dedicada aos transtornos infantis. A intenção é de que essas abordagens possam servir de apoio a alguma mãe que as leia e opte por buscar ajuda profissional para cuidar da saúde de seus filhos. O comportamento disruptivo também está presente na vida de muitos adultos que não tiveram acompanhamento, na fase infantil e tampouco agora. As crianças com qualquer comportamento exagerado de agressividade, vingança, maltrato a animais e aos irmãozinhos, se tiverem, agressões físicas aos colegas da escola ou mesmo às pessoas que estão em seu entorno, precisam de encaminhamento para avaliação psicológica ou mesmo neurológica. Os pais precisam quebrar o preconceito que existe em relação aos profissionais da área psi. Há um entendimento de que quem busca psicólogo, psiquiatra ou psicanalista é doido. Bom, mesmo que fosse doido termo genérico que rotula pessoas que sofrem com comportamentos disruptivos e/ou com limitações neurológicas, essas pessoas precisam de diagnóstico seguro e de tratamento psiquiátrico e/ou psicológico da mesma maneira que precisam de diagnóstico e tratamento para as doenças físicas. É bom sempre lembrar que o cérebro também é físico. Quando se trata de problemas neurológicos aí temos um problema físico. O negacionismo de muitos pais e mães, que acreditam que seu filho é perfeito, quando ele tem algum transtorno, acaba prejudicando a criança e toda a família que está junto dela. Para um bom desenvolvimento humano e afetivo muitas crianças precisam de acompanhamento médico ou psicológico que lhes são negados por quem deveria cuidar delas.
Precisamos também abordar o tema da violência familiar que potencializa o comportamento problemático das crianças. Muitos pais alegam que seus filhos foram bem cuidados e que não têm nenhum motivo para terem traumas, mas impigem o medo e o terror na vida das crianças ao brigarem e se agredirem, verbalmente e até fisicamente diante da criança que se sente impotente e às vezes até culpada por aquele comportamento dos pais. Toda briga de casal, pai e mãe, ou de quem faz o papel, na frente de uma criança, é uma agressão psicológica que pode afetar a criança para a vida toda. O comportamento disruptivo tem muitas causas, mas uma causa importante é o comportamento agressivo entre os pais.
Comportamento disruptivo é todo comportamento que é socialmente inadequado, pode ser resultado de déficits, mas também de traumas, ou dos dois. Um ambiente familiar doentio em suas relações e inseguro para o bem desempenho da criança pode causar comportamentos disruptivos. Esse termo engloba transtornos de conduta, transtorno desafiador e opositivo e transtorno de atenção.
Quando a causa do transtorno também for atribuída aos pais eles também devem ser acompanhados por profissionais capacitados. As crianças com qualquer tipo de transtorno precisam serem acompanhadas o mais cedo possível. As mães, que são as que sempre levam os filhos ao médico, devem procurar ajuda psicológico para os filhos no posto de saúde da família, com o pediatra. Se for pessoas que tenham convênios ou condições financeiras, busquem ajuda com o médico do filho. O importante é não adiar essa consulta.
Os portadores de comportamentos disruptivos precisam de tratamento neuropsiquiátrico ou apenas acompanhamento psicológico, isso só será definido após diagnóstico médico.
Próximo tema TOC infantil.