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sábado, 15 de agosto de 2020

O seu bebê

    Essa postagem é uma continuação da postagem "Como foi a sua gravidez?" O objetivo é seguir a formação de uma vida emocionalmente saudável e o papel que a mãe tem nessa construção.

    Os primeiros dias de vida do bebê são cruciais para o início de uma relação saudável entre mãe e filho, filho de forma genérica, pode ser também filha. No início o bebê é um desconhecido e a mãe começa a estudar as suas reações para compreendê-lo. Ela deve considerar que o bebê é totalmente dependente de cuidados e cuidar dele nos primeiros meses deve ser uma tarefa da mãe para que o conhecimento entre mãe e filho vá sendo mútuo. Quando a mãe terceiriza os cuidados do bebê, enfraquece o vínculo mãe/filho, quebra um pouco a referência de bondade e cuidado que o bebê, mesmo inconsciente, tem dela. Essa relação saudável, mãe/filho é muito importante para o desenvolvimento emocional saudável do bebê.

    Voltemos à amamentação. O ato de amamentar não se resume apenas em satisfazer as necessidades fisiológicas do bebê. Amamentar se torna na hora mais importante da relação mãe/filho, depois vem o trocar e limpar e em seguida o brincar e o banho. Todas essas tarefas, feitas com entrega total da mãe, contribuem muito para a formação saudável das emoções do bebê. Na amentação ele vai, aos poucos, reconhecendo a mãe como outro ser, diferente dele. Nota-se que o bebê saudável, encara o rosto da mamãe enquanto mama. Se esse encaramento não acontecer é um motivo de investigação do autismo, por exemplo.

    Vou abrir um parêntese para a fisiologia. Quando a mãe for amamentar deve oferecer um seio até esvaziá-lo por completo. O primeiro leite que sai é rico em anticorpos que servem para a defesa do bebê contra doenças. Depois sairá um leite rico em gorduras, ambos são nutritivos, mas a saciedade é adquirida na totalidade do leite de cada seio. O trocar de seio antes do esvaziamento faz com que o bebê chore com fome pouco tempo depois de amamentado. Lembrar que o leite gordo sai do peito por último. A cada mamada começar por um peito diferente. Se começou com o esquerdo na mamada anterior, na próxima começar pelo direito. Se o bebê ficar satisfeito com um peito e o outro não ficar muito cheio, é bom para preservar o bico do seio, mas se estiver cheio demais a mãe poderá tirar o leite, com uma desmamadeira. Se houver banco de leite por perto, fazer a doação.

    Na hora da amentação é preciso que a mãe se entregue de corpo de alma a essa tarefa. A impaciência e a pressa pode fazer com que o bebê rejeite o peito. Essa relação mãe e filho é uma continuação da relação mãe/filho dos nove meses de gestação.

    Vou contar um resumo de uma experiência. Uma vez fiz regressão em uma jovem e ao chegar aos dois meses de gestação ela ficava totalmente desesperada, isso acontecia também aos dois meses depois do nascimento. Fiquei logo sem compreender, depois foi verificado que a mãe tentou abortá-la com medicamentos e teve sangramentos aos dois meses de gestação, não conseguindo. Quando a menina nasceu ela a abandonava sozinha para ir às baladas, mesmo assim a menina não se desesperava, mas aos dois meses de idade a mãe doou a menina para uma família criar e aí era o desespero da menina, se separar da mãe. Então a relação mãe e filho é muito forte dos dois lados.

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