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quinta-feira, 23 de julho de 2020

Pânico - Cura pela Fala

O amor se manifesta no cuidar.
Transtorno do pânico é doença classificada no DSM e no CID.
A crise de pânico dá-se de maneira intensa, porém breve. Caracteriza-se por um grande desconforto de ansiedade e se manifesta de maneira intensa na parte física, em que se desencadeiam vários sintomas como: apneia, dificuldade de respirar, taquicardia, suores, dor no peito e nas costas, diarreia, dor de cabeça, tremores, nó na garganta, sensação de bolo no esôfago, hipertensão ou hipotensão temporárias, enquanto está durando o ataque, desmaio e até paralisia dos membros inferiores e superiores, etc. Esses sintomas, necessariamente, não precisam ocorrer ao mesmo tempo, mas a manifestação de dois ou mais deles é suficiente para alimentar a ansiedade ou mesmo piorar ainda mais a situação da pessoa que está tendo o ataque.
O indivíduo que sofre de pânico, muitas vezes confunde os sintomas com ataque cardíaco e tem a sensação de morte eminente, assustando os que estão cuidando dele. O transtorno de pânico é condição para um encaminhamento da pessoa a um profissional habilitado, como psiquiatra, psicólogo ou psicanalista, na falta desses, a um médico clínico, o mais rápido possível. O transtorno de pânico precisa ser diagnosticado por um profissional da área psi e tratado corretamente, do contrário a pessoa que tem esses ataques poderá ficar temerosa e se afastar de situações em que para ela possam ser motivo de desencadeamento do novos ataques, até que fique totalmente reclusa.
O papel da família e dos amigos, por ocasião de um ataque de pânico é tirar essa pessoa do lugar em que ela se encontra no momento, se possível colocá-la num lugar arejado e sentada. Enquanto o socorro profissional não chega, tentar acalmar essa pessoa, conversando com ela sobre assuntos que não façam referência à situação dela no momento. O objetivo é distraí-la dos sintomas. Isso vai acalmar. É preciso que quem esteja nesse papel de apoio, fique calmo, seguro e transmita essa atitude para o doente. Não é necessário dizer a ele: fique calmo, vai passar, é só um pouco de pânico, etc. O essencial é distrai-lo e não lembrar a ele dos sintomas. 
Pânico não causa morte, mas incomoda muito, tanto o doente como àqueles que convivem como ele. Muitas pessoas se recuperam sem tratamento, mas algumas desenvolvem o transtorna de pânico e precisam de acompanhamento psiquiátrico e psicológico. Desde o primeiro ataque deve-se providenciar o tratamento.
Comecei fazendo referência ao DSM e ao CID.
DSM: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais.
CID: Classificação Internacional de Doenças.
Fiz referência aos dois manuais porque muitas pessoas acham que pânico é histeria e frescura e não é. Se está classificado nos manuais internacionais é disfunção da saúde, é doença e necessita de diagnóstico e de tratamento.
O amor é condição para a cura.
Próximo tema, Ansiedade de doenças (hipocondria).
Professora Josefa Libório. Psicanalista e hipnoterapeuta.

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