O
vício de jogar se torna compulsivo quando o jogador, mesmo
percebendo os males que causa a si mesmo, à família e aos amigos, e
querendo parar de jogar não consegue. A atividade do jogo se torna
nociva quando vira uma compulsão, sendo que os jogos que envolvem
dinheiro são mais prejudiciais, pois além de afetar o jogador,
afeta a família. Todos os jogadores compulsivos por qualquer tipo de
jogo, incluindo os jogos de computadores e internet, precisam de
acompanhamento psicológico que os ajude a se livrar do vício.
Muitos
estudiosos apontam que o jogo patológico é semelhante à
dependência química. Isso acontece devido a liberação de
neurotransmissores como endorfina, dopamina, serotonina e ocitocina
em várias regiões do cérebro, ocasionando o que conhecemos por
sistema de recompensas. O trafego dessas substâncias pelo cérebro
ocasiona, a longo prazo a compulsão por quaisquer drogas e vícios,
no caso aqui pelos jogos. A noradrenalina, que é um neurotransmissor
e é secretada em resposta a eventos estressantes e excitantes,
também é acionada no ato de jogar e é responsável também por
viciar o indivíduo. É por isso que os jogadores passam a jogar cada
vez mais, na expectativa de passar por essas experiências
psicológicas geradas pela produção e transmissão desses
hormônios/neurotransmissores. É um mecanismo muito semelhante à
dependência química.
Para
identificar se um jogador é viciado segue algumas dicas, ele
precisa atender ao menos cinco delas.
1.
Demonstra preocupação frequente com o jogo.
2.
Aumenta progressivamente as apostas, no caso de apostar dinheiro.
3.
Expressa a vontade de parar de jogar.
4.
Tem síndrome de abstinência ao tentar parar de jogar, como;
irritação, ansiedade, inquietação, insônia, agressividade etc.
5.
Por causa dos jogos, deixa de se relacionar com as pessoas íntimas,
perde oportunidades de empregos, prejudica os estudos.
6.
Usa o jogo como desculpa para seus infortúnios econômicos,
amorosos, sociais, dizendo frases como “o único prazer que eu
tenho é o jogo”.
7.
Mente para familiares, terapeutas, ou outros, tentando camuflar o
vício.
8.
Quando perde no jogo, retorna para recuperar o dinheiro perdido.
9.
Pede dinheiro emprestado para jogar.
10
Financia o jogo através da prática de pequenos delitos, mesmo que
sejam praticados com a família.
Os
jogos eletrônicos, de computadores e de internet também entram
nesse esquema, mesmo que não haja dinheiro envolvido. As pessoas que
criam jogos para computadores estudam muito sobre como o jogo se
torna capaz de ser mais viciante. Sempre procuram atingir um
público-alvo, na maioria crianças e adolescentes, procurando saber
suas preferências.
As
mães precisam ficar atentas às horas que seus filhos passam em
jogos de computadores e de celulares. Essas babás cobrarão em
prejuízos lá na frente.
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