Total de visualizações de página

domingo, 20 de setembro de 2020

Quando o jogo se torna compulsão

    O vício de jogar se torna compulsivo quando o jogador, mesmo percebendo os males que causa a si mesmo, à família e aos amigos, e querendo parar de jogar não consegue. A atividade do jogo se torna nociva quando vira uma compulsão, sendo que os jogos que envolvem dinheiro são mais prejudiciais, pois além de afetar o jogador, afeta a família. Todos os jogadores compulsivos por qualquer tipo de jogo, incluindo os jogos de computadores e internet, precisam de acompanhamento psicológico que os ajude a se livrar do vício.
    Muitos estudiosos apontam que o jogo patológico é semelhante à dependência química. Isso acontece devido a liberação de neurotransmissores como endorfina, dopamina, serotonina e ocitocina em várias regiões do cérebro, ocasionando o que conhecemos por sistema de recompensas. O trafego dessas substâncias pelo cérebro ocasiona, a longo prazo a compulsão por quaisquer drogas e vícios, no caso aqui pelos jogos. A noradrenalina, que é um neurotransmissor e é secretada em resposta a eventos estressantes e excitantes, também é acionada no ato de jogar e é responsável também por viciar o indivíduo. É por isso que os jogadores passam a jogar cada vez mais, na expectativa de passar por essas experiências psicológicas geradas pela produção e transmissão desses hormônios/neurotransmissores. É um mecanismo muito semelhante à dependência química.

    Para identificar se um jogador é viciado segue algumas dicas, ele precisa atender ao menos cinco delas.

1. Demonstra preocupação frequente com o jogo.
2. Aumenta progressivamente as apostas, no caso de apostar dinheiro.
3. Expressa a vontade de parar de jogar.
4. Tem síndrome de abstinência ao tentar parar de jogar, como; irritação, ansiedade, inquietação, insônia, agressividade etc.
5. Por causa dos jogos, deixa de se relacionar com as pessoas íntimas, perde oportunidades de empregos, prejudica os estudos.
6. Usa o jogo como desculpa para seus infortúnios econômicos, amorosos, sociais, dizendo frases como “o único prazer que eu tenho é o jogo”.
7. Mente para familiares, terapeutas, ou outros, tentando camuflar o vício.
8. Quando perde no jogo, retorna para recuperar o dinheiro perdido.
9. Pede dinheiro emprestado para jogar.
10 Financia o jogo através da prática de pequenos delitos, mesmo que sejam praticados com a família.
    Os jogos eletrônicos, de computadores e de internet também entram nesse esquema, mesmo que não haja dinheiro envolvido. As pessoas que criam jogos para computadores estudam muito sobre como o jogo se torna capaz de ser mais viciante. Sempre procuram atingir um público-alvo, na maioria crianças e adolescentes, procurando saber suas preferências.
As mães precisam ficar atentas às horas que seus filhos passam em jogos de computadores e de celulares. Essas babás cobrarão em prejuízos lá na frente.

Nenhum comentário: