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quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Suicídio

     A cada 40 segundos uma pessoa comete o suicídio em algum lugar da Terra. No Brasil não é muito diferente. As tentativas de suicídio ocorrem mais nas mulheres, mas são os homens que concluem mais o ato. Isso ocorre porque eles não buscam ajuda psicológica, usam mais drogas lícitas e ilícitas e quando tentam o suicídio são mais auto-agressivos no seu intento. 
    Tentativa de suicídio é o ato auto-direcionado, não fatal e potencialmente prejudicial, concebido para resultar na própria morte, que pode ou não resultar em lesão. As estatísticas de comportamento suicida estão abaixo da incidência verdadeira. Há cerca de 25 tentativas para cada morte realizada. Estas tentativas, em sua maioria, não fazem parte das estatísticas porque muitas dessas pessoas não buscam o atendimento médico pós tentativa. Uma em cada seis pessoas que se mata deixa bilhete explicando os motivos ou solicitando algumas providências. A maioria dos suicídios acontecem por transtornos mentais e/ou uso de drogas. Ha fatores sociais e econômicos que também são motivos para que as pessoas se matem, mas esses em menor número. Há também distúrbios físicos como doenças incuráveis, abandono das pessoas idosas por parte dos familiares, dores crônicas, bullying, abuso sexual na infância, afastamento dos pais na infância que contribuem com cerca de 20% dos suicídios. O histórico familiar de suicídio também contam para as tentativas e conclusão do ato. A prevenção requer identificar os fatores de risco e iniciar intervenções apropriadas.
    Para ajudar é preciso estar alerta para:
    - O estado de ânimo da pessoa e as medicações, o paciente pode não se sentir otimista o suficiente para tomar, por conta própria, os remédios prescritos.
    - Cuidar das consultas e do acompanhamento psicológico do paciente.
    - Sempre manter a pessoa acompanhada, sem invadir seu espaço.
    - Ajudar na manutenção do asseio e higiene do ambiente e das roupas.
    - Cuidar da alimentação.
    O suicídio, embora cause surpresa à família, foi anunciado, de muitas maneiras, por um bom tempo antes de acontecer. Ocorre que diante de todos os sinais dados, os familiares não acreditam na concretização do ato. Muitas vezes o suicida, escreve ou modifica testamento, comenta que não há razão para viver, seria melhor morrer, etc.
    Estatísticas importantes (MSD). Cerca de 77% das pessoas que cometem suicídio fizeram consulta a um médico ou psiquiatra a cerca de um ano. 32% estiveram sob os cuidados de um profissional da área psi, ao longo do ano que precedeu o suicídio. Segundo a OMS, 90% dos casos de suicídio poderia ser prevenidos, por acompanhamento profissional e de familiares.
    O caminho entre os primeiros pensamentos suicidas e a consumação do ato é longo e é nessa trajetória que se precisa intervir a tempo. O que ocorre é que muitas pessoas se sentem constrangidas diante de outras com comportamentos suicida e se afastam ou começam a julgar e menosprezar os motivos declarados como insuportáveis por essas pessoas. 
    Na prevenção do suicídio é preciso insistir e persistir no acompanhamento do amigo ou familiar, sabendo que ele não conseguirá vencer o desafio sem o apoio das pessoas a quem ele/ala ama ou se sente amado/a. Mais do que falar, empreste seu ouvido, pois quem precisa falar é a pessoa que está em risco de vida.
    O CVV: Centro de Valorização da Vida também é um importante suporte. Atualmente o CVV conta com chat, linhas telefônicas e e-mail durante 24 horas. Os familiares também podem usar esse serviço para se orientar.

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